Inadimplência no Brasil varia ao longo de 2021 e atinge pico em outubro

A inadimplência no Brasil em 2021 teve altos e baixos. Apesar do cenário de crise e desemprego, boa parte dos brasileiros aproveitou para quitar as dívidas ao longo do ano e se ver livre dos juros. No entanto, os índices seguem muito altos e refletem a dificuldade de se organizar financeiramente em meio à inflação e os contratempos.

Antes de mais nada, é importante entender quando uma pessoa se torna inadimplente e qual é a diferença entre esse status e de endividamento. Em seguida, falaremos sobre o assunto e em como isso afeta milhões de brasileiros.

O que é a inadimplência?

A inadimplência acontece quando qualquer compromisso financeiro não é pago, ou seja: há atrasos no cumprimento de uma dívida pré-estabelecida.

Contudo, estar inadimplente é diferente de estar endividado – uma pessoa pode parcelar um bem ou um serviço em várias vezes e cumprir com os pagamentos ao longo do tempo. Assim, ela terá uma dívida (a qual precisará honrar), mas não necessariamente está inadimplente.

Quais as consequências da inadimplência?

Quando uma pessoa possui débitos em aberto, ela pode estar sujeita a certas limitações. O caso mais frequente é ela ser incluída no cadastro dos órgãos de proteção ao crédito (como Serasa, SPC, Boa Vista), sendo considerada uma má pagadora frente ao mercado.

Com isso, criam-se barreiras para abertura de novas contas, cessão de empréstimos, financiamentos ou veto do cheque especial, por exemplo, além de ter que se esforçar ao longo do tempo para aumentar o score e ter credibilidade financeira novamente.

Cenário da inadimplência no Brasil

Ao longo de 2020, observamos o esforço da população em resolver a questão da inadimplência, visto que os índices foram caindo gradativamente, como observado nos dados do Mapa da Inadimplência do Serasa.

Mapa da inadimplência Serasa
Fonte: Mapa da Inadimplência Serasa / outubro 2021

Contudo, ao longo de 2021 os índices voltaram a aumentar, sendo que a despeito da queda de setembro, o montante não apresentou queda expressiva durante o ano todo.

Pelo contrário: em outubro, o número de pessoas que descumpriram suas obrigações alcançou o maior desde julho de 2020, quando a crise da pandemia do novo coronavírus se encontrava praticamente no ápice.

Também o valor das dívidas aumenta gradativamente, posto que agosto de 2021 era de R$ 3.929 por pessoa, em setembro R$ 3.944,65 e no último dado divulgado pela instituição, em outubro deste ano, o valor médio já somava R$ 4.000,60 por indivíduo devedor.

O Mapa da Inadimplência é um relatório divulgado todos os meses e contém dados regionais sobre as dívidas, a evolução dos endividamentos ao longo do ano e a origem delas.

Comparativamente, o percentual de famílias endividadas (em atraso ou não) atingiu o maior nível em quase 12 anos, quando se iniciou a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) e chegou a 74,6% do total da população.

Antes de julho de 2021, ela nunca havia ultrapassado a marca de 70%.

Maior fonte de dívidas está ligada ao crédito

Em primeiro lugar na origem da inadimplência, estão as dívidas com o banco e no cartão de crédito, representando 28,7% em outubro de 2021. Em seguida, com 23,3%, estão as contas básicas, como luz, água e gás.

A partir deste dado, percebemos o quão perigoso é ceder às ofertas das instituições financeiras, uma vez que superam até mesmo as atividades essenciais à população.

inadimplência - homem escolhe cartão de crédito em carteira

Isso acontece principalmente pelo fato de que o Brasil possui uma das maiores taxas de juros do mundo, sobretudo na modalidade do cartão de crédito. Não ter um bom controle de gastos faz com que facilmente haja descontrole relacionado a esse serviço, criando uma verdadeira bola de neve, difícil de ser superada.

Logo, fazer um planejamento financeiro deveria se tornar um hábito entre a população, pois é somente através do conhecimento e da disciplina que esses números serão revertidos.

Inclusive, desse fator depende o futuro da nossa economia, já que com a população endividada ou inadimplente, o valor que poderia ser revertido ao consumo é destinado aos juros (muitas vezes, abusivos), gerando desemprego e insegurança de investimentos.

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