Balança comercial 2020 fecha com superávit: entenda!

A chamada balança comercial brasileira fechou o ano com o superávit no acumulado de 2020.

Apesar de positiva, a informação esconde alguns outros dados que merecem a atenção. Assim, entender o significado desses conceitos e, ao mesmo tempo, o que está previsto para 2021 é bastante importante e nos ajuda a projetar a economia do país.

Dito isso, primeiramente vamos compreender o que é a balança comercial e superávit!

O que é a balança comercial e superávit?

A balança comercial mostra as importações e exportações de bens entre diferentes países. Por exemplo, o Brasil compra itens como combustível e medicamentos externamente, enquanto vende soja, carne e manufaturas (como peças e equipamentos).

Assim, as importações se referem a bens e serviços feitos no exterior e vendidos por aqui, uma vez que as exportações representam o contrário.

balança comercial  - cointaineres representam superávit

Dessa forma, o saldo entre uma coisa e outra define se o país é prioritariamente um comprador ou vendedor em relação ao restante dos países do mundo.

Logo, o saldo da balança comercial é simples: o total do que foi importado, subtraído do que foi exportado.

Quando esse valor é positivo, ou seja… o país vende mais do que compra, isso é chamado de superávit. De maneira oposta, quando o saldo é negativo, existe o que chamamos de déficit na balança comercial.

De maneira geral, o ideal é ter superávit, pois isso indica o fortalecimento da indústria e bens produzidos em um país, fortalecendo sua economia.

O superávit brasileiro de 2020

Em 2020, o Brasil fechou o ano em superávit de US$ 50,994 bilhões, representando um crescimento de 7% em relação a 2019. As exportações acumularam US$ 209,920 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 158,926 bilhões.

As exportações tiveram aumento em 6,01% no setor de agropecuária, e queda de 2,65% na indústria extrativa (de matérias-primas como petróleo, madeira e minérios) e 11,32% na indústria de transformação (que transforma matéria-prima em produto final) em relação ao ano anterior.

o que é superávit da balança comercial - imagem de containers representam exportação e importação

Na avaliação de especialistas, principalmente a queda da indústria de transformação é preocupante. Isso porque ela é o setor que mais emprega formalmente no país, gerando cerca de mais três empregos indiretos na economia a cada trabalhador contratado.

Além disso, é onde se encontram produtos com maior valor agregado para venda (como eletrônicos, automóveis e máquinas em geral), principal produção e exportação de países desenvolvidos. Ainda, é onde está a grande parte da concentração de pagamentos acima de cinco salários-mínimos.

O aumento das vendas se deu principalmente pela alta do dólar, o que impulsionou e tornou mais interessante a comercialização de produtos mais baratos, como os do Brasil. Sobretudo o setor agropecuário (liderado pela soja e a carne), que representou 48% do montante de toda a exportação.

Nosso maior parceiro foi a China, que recebeu 34% de toda a nossa exportação, motivada pela retomada mais rápida de sua economia.

Ao mesmo tempo, a pandemia do novo coronavírus foi fator determinante para medidas restritivas de exportação em mais de 90 países, o que colaborou para o nosso saldo.

Já a retração nas importações foram: 3,88% no setor de agropecuária, 41,19% na indústria extrativa e 7,68% na de transformação.

O que esperar da balança comercial para 2021

Para 2020, o governo brasileiro esperava um superávit de US$ 55 billhões, o que não correspondeu exatamente à expectativa.

Em 2021, a perspectiva de vacinação mundial e retomada das principais economias faz com que a previsão seja ainda mais otimista. Segundo à Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o Brasil deve fechar o ano com superávit de US$ 53 bilhões, uma alta de 3,9% em relação ao período anterior.

A ideia é que haja uma retomada da economia (principalmente no segundo semestre), o que representaria aumento de 5,3% nas exportações (totalizando US$ 221,1 bilhões) e 5,8% nas importações (ou US$ 168,1 bilhões).

A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) prevê crescimento de 4,2% da economia mundial nesse ano, o que nos ajudaria não só na exportação de commodities (da agropecuária ou da mineração), mas também de produtos manufaturados. Desse modo, teríamos mais equilíbrio entre os setores industriais.

Por fim, assim como a previsão de aumento para o nosso PIB, tudo dependerá de como se dará o avanço da vacinação globalmente, o que certamente trará perspectivas muito mais promissoras a todos os países.

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