A dívida no cartão de crédito é um dos principais vilões da saúde financeira do brasileiro. Ela está entre as mais caras do mundo, e é muito fácil cair na armadilha de usar o benefício sem controle. Entender os motivos pelos quais você deve ter controle e como evitar o endividamento farão com que você tenha muito mais controle sobre o próprio dinheiro.
Mas então, será que é preciso deixar de usar o cartão de crédito?
Na realidade, não é preciso abrir mão dessa opção. Desde que seja usado com parcimônia e seguindo o planejamento financeiro correto, ele pode ser uma alternativa interessante.
Principalmente se você utilizar somente para parcelar compra de itens mais caros e necessários (como eletrodomésticos ou eletroeletrônicos) ou viagens. Aliás, muitas pessoas revertem os valores gastos em benefícios, como programa de pontuação ou de passagens aéreas (as famosas milhas).
Sem dúvida, ele é um viabilizador e dá acesso a muitas possibilidades.
No entanto, o descontrole ou o uso para coisas impensadas, ou miudezas (que, se acumuladas, viram um verdadeiro monstro) fazem com que seu uso se torne algo bastante perigoso.
Descubra porquê você não deve cair na tentação do uso desmedido, caindo na dívida do cartão de crédito.
Dívida no cartão de crédito: entenda como ela surge
O cartão de crédito é uma opção que deve ser usada com extremo controle, porque na realidade, ela oferece a falsa ilusão de que você tem um dinheiro que, na verdade, não tem. A concessão desse crédito é como um empréstimo, onde o banco deposita a confiança de que você irá pagar.
Contudo, sem a organização necessária, acaba-se gastando mais do que deveria ao longo do mês e como resultado, não há dinheiro suficiente para arcar com o valor total da fatura.
Dessa forma, entra o chamado crédito rotativo: você paga o mínimo estipulado pelo banco e o restante fica em aberto durante 30 dias, acumulado para ser pago na próxima fatura.
O problema é que o banco cobra por esse “empréstimo” e caro – cerca de 300% de juros ao ano! Assim, se sua fatura era de R$ 1.000,00 e você pagou somente R$ 200,00 (mínimo), no mês seguinte você pagará a próxima fatura + R$ 800,00 + aproximadamente R$ 120,00 (que representa somente o juro).
Após os 30 dias, se você não pagar integralmente todo o valor devido, a fatura deve ser parcelada sob taxas que giram em torno de 10% ao mês.
Portanto, torna-se cada vez mais difícil pagar as faturas com os juros se acumulando. Sem contar com aquele valor adicional todo mês, a tendência é gerar novas dívidas.
Viu como é fácil que tudo se transforme em uma bola de neve?
Mas como evitar a dívida no cartão de crédito?
Para não ficar inadimplente e correr o risco de ter seu nome sujo nos órgãos de proteção de crédito, basta seguir algumas dicas e ter disciplina. Confira!
- Evite as compras por impulso
O cartão de crédito faz com que a gente tenha a impressão de ter uma carta mágica onde podemos adquirir tudo o que desejamos, certo? Todavia, conforme explicamos, nada vem de graça, principalmente com as instituições financeiras.
O descontrole de hoje pode ser a dor de cabeça de amanhã. Assim, entenda que o bem-estar das compras é passageiro e procure evitar a compra por impulso.
- Diminua o limite do cartão de crédito
Não se engane com o limite do cartão de crédito. Reduza esse valor ao que você realmente pode arcar com o seu orçamento. Se necessário fazer uma compra maior ou parcelar uma viagem, basta solicitar para que aumentem seu limite (nos bancos digitais, esse controle é feito via próprio aplicativo, manualmente).
- Pare de parcelar as compras
Parcele somente o que é extremamente preciso, sempre com consciência das suas dívidas mensais. Para o restante, pague à vista ou em uma parcela: isso fará com que você tenha real noção de quanto pode gastar e mantenha o foco nas prioridades.
- Não pague somente o mínimo
O pagamento do mínimo acarreta a cobrança dos juros rotativos que citamos anteriormente. Torne o pagamento do seu cartão de crédito algo sagrado, evitando assim os juros astronômicos.
- Faça um bom planejamento financeiro
Por último, mas mais importante de todas as dicas: faça um bom planejamento financeiro, incluindo o controle de gastos mensais, que pode ser feito via planilha de gastos ou aplicativos para poupar dinheiro. Pode parecer complicado ou tedioso, mas acredite… é só uma questão de iniciar o hábito! Assim, você terá plena consciência do que é supérfluo ou não, do seu poder real de compra e em como usar seu cartão de crédito como aliado.
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