Ter o nome negativado é, infelizmente, a realidade de muitos brasileiros nos dias de hoje. O país conta com cerca de 60 milhões de endividados, que muitas vezes nem ao menos sabem quais são as respectivas consequências ou como fazer para reverter a situação.
Primeiramente, é bom salientar que o termo “nome sujo” é o sinônimo popular para a negativação. Isso acontece quando há uma ou mais dívidas pendentes com uma empresa e provavelmente, depois de tentativas frustradas de recebimento, o nome é incluído em um dos órgãos de proteção ao crédito (os mais comuns são Serasa, Boa Vista e SPC).
Nesse caso, o CPF do devedor é registrado no banco de dados desses grupos, gerando inconvenientes.
É sempre bom lembrar que os órgãos mandam correspondências alertando sobre a inclusão, fornecendo um prazo extra para que o pagamento aconteça em até 10 dias. Dessa forma, é importante que seus dados cadastrais estejam sempre atualizados nos locais onde consome ou solicita serviços – caso contrário, não receberá essa notificação.
As consequências de ter o nome sujo
Muitas pessoas acreditam que a negativação é comum, inevitável e que não há problema em ficar com o nome sujo. No entanto, esse é um pensamento bastante perigoso.
Caso você esteja com pendências em aberto, que ainda não foram parar no Serasa e outro órgão de proteção, o ideal é que você negocie as dívidas. Converse com a empresa e veja a melhor forma de resolver o assunto, sem que o ato ocorra!
Porém, se isso não for possível no momento devido à sua situação financeira, ou se você já possuía dívidas mais antigas que não foram pagas e foram incluídas nos órgãos de proteção, o importante é saber em que isso resulta.
Basicamente, haverá uma limitação de crédito disponível a você, que pode resultar em uma negativa quando você quiser obter um cartão de crédito, financiamento ou empréstimo. O sistema financeiro entende que você é um “mau pagador” (ou má pagadora) e limita ao máximo a sua capacidade de contar com um dinheiro que, de fato, não é seu.
Há quem pense: “ah, mas eu não planejo financiar nada ou fazer novos empréstimos”. Mas aí é que fica o alerta: as consequências poderão perdurar até mesmo após a quitação da dívida.
Como quitar e por que fazer isso o quanto antes?
A orientação para efetuar a quitação da dívida é contatar a empresa a qual o débito foi feito e, se for o caso, tentar uma negociação possível (e interessante) para ambos os lados.
Sobretudo nas grandes empresas, é comum que haja a contratação de companhias terceiras, que ficam responsáveis pela cobrança da dívida. Contudo, com o aumento de golpistas e vazamento de informações de clientes, é bom se certificar da confiabilidade do contato e consultar diretamente a fonte sobre os valores corrigidos.
Após o pagamento da primeira parcela ou do total da dívida, a empresa é obrigada a solicitar a retirada do nome dos órgãos de proteção em até sete dias úteis, ficando passível de penalidade caso isso não ocorra.
Todavia, conforme citamos anteriormente, o impacto de ter o nome sujo no Serasa não dura apenas até o momento da quitação. Mesmo após alguns meses (ou até anos) você pode sofrer algum tipo de limitação por conta da sua pontuação do Score.
Esse é um índice que calcula, resumidamente, o seu nível de confiança frente ao mercado, de acordo com suas movimentações financeiras.
Ou seja: mesmo depois de um tempo que a dívida for sanada, você pode ainda ter de lidar com as limitações de crédito pessoal. A partir de então, será preciso “provar” ser uma pessoa confiável, pagando todas as obrigações em dia, por exemplo, até que a pontuação aumente novamente.
Por isso é tão importante ter um planejamento financeiro em dia, pois ele evita que as dívidas aconteçam. Ou então, em caso de imprevistos, há a possibilidade de se organizar melhor para evitar que elas se acumulem ou tenham o menor impacto possível em sua saúde financeira.
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