Economia brasileira avança e PIB sobe 1,2% no primeiro trimestre de 2021

Uma boa e inesperada notícia para a economia brasileira foi o fato de o PIB (Produto Interno Bruto) ter crescido 1,2% nos primeiros três meses do ano. Fatores sociais, externos e internos levaram a esse aumento, que deixa a população mais otimista para enfrentar a crise econômica que enfrentamos.

A estimativa do Valor Data, que consultou mais de 50 consultorias e instituições financeiras para o levantamento de dados, era de alta de apenas 0,7% para o período, ou de 0,5% em relação ao mesmo intervalo de 2020.

Segundo o IBGE, a atividade econômica atual se equipararia em partes ao último trimestre de 2019, quando não enfrentávamos os efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Mas o que isso significa de fato e quais são as previsões para a economia brasileira para o restante do ano?

Veja os principais fatores responsáveis por esse aumento e se esse indicativo é realmente confiável para uma retomada satisfatória.

Por que o PIB aumentou nos primeiros meses de 2021?

No nosso artigo sobre o que é a economia brasileira, explicamos quais são as variantes que fazem com que o país apresente resultados positivos no PIB, fortalecendo sua imagem interna e externamente.

Apesar da inegável crise que lidamos, que afetou milhões de brasileiros, há alguns agentes que puxaram os resultados acima do previsto. Entenda:

1. Aumento do valor dos produtos de exportação

As chamadas commodities (produtos que são produzidos em larga escala em seu estado bruto, comercializados segundo a oferta e demanda internacional) tiveram grande alta e foram o principal fator para a alta.

Houve uma alta de 26% entre janeiro e abril deste ano em produtos brasileiros exportados na categoria, sendo que os valores entre esses meses apresentaram alta de 104% em relação ao mesmo período do ano anterior.

economia brasileira cresce principalmente por conta do agronegócio - trator movimenta produção no campo

Isso aconteceu principalmente pela procura dos nossos produtos agropecuários (sobretudo a soja) ou extrativos (minério de ferro em grande parte) e a retomada econômica de países que os importam, como Estados Unidos e China.

2. Retorno dos insumos para produção

A pandemia fez com que muitas das matérias-primas estivessem em falta no mercado. Com isso, a produção brasileira ficou prejudicada, com seus estoques abaixo do ideal e muitas vezes sem condições de atender às demandas da população.

Com a retomada destes itens, a fabricação voltou praticamente em níveis normais em muitas áreas, ajudando a atividade econômica.

3. O câmbio desvalorizado

Por incrível que pareça, a desvalorização da moeda também impactou positivamente a economia brasileira. Obviamente, também teve efeitos negativos, com destaque da inflação e poder de consumo interno.

Por outro lado, países desenvolvidos procuraram por nossos produtos industriais, que apresentavam valores mais atrativos que de outros países. A indústria de transformação apresentou aumento de 14,1% (dados da Secretaria de Comércio Exterior) no primeiro trimestre, em relação ao mesmo intervalo de 2020.

4. Retiradas da poupança e dinheiro reserva

A coleta de dinheiro armazenado na poupança teve recorde em 2020, R$ 166,3 bilhões. Sendo assim, é provável que isso tenha ajudado as famílias brasileiras a lidar com a alta dos preços e até mesmo o desemprego.

imagem de um porquinho quebrado com moedas

Ao mesmo tempo, com as restrições de circulação em estabelecimentos comerciais e de entretenimento, houve uma certa “sobra” de capital por parte da classe média, o que também ajudou a movimentar a economia.

Afinal, muitos passaram a consumir pela internet e também direcionar seus recursos para cursos e especializações.

De fato, isso só reforça a importância da construção da reserva financeira, que sempre citamos por aqui!

A economia brasileira crescerá esse ano?

A verdade é que os brasileiros como um todo (população e empresas) estão mais ambientados às dificuldades que a crise impôs. Passado o susto que assolou a todos, as pessoas começaram a encontrar alternativas e a agir de forma mais positiva em geral, especialmente com o aumento da vacinação.

Ainda que as notícias sejam boas, é preciso tomar cuidado. Os setores que mais empregam (comércio e serviços, responsáveis por 73% do PIB) ainda não recuperaram o ritmo, o que impede que haja uma retomada mais expressiva.

Conforme citamos anteriormente, também a inflação influencia muito o aumento do PIB e o crescimento da economia brasileira, uma vez que o povo tem menos acesso às compras.

O efeito é como uma bola de neve, pois se há menos gasto, o faturamento das empresas em geral também cai, segurando novos postos de emprego.

Também a instabilidade política e as relações exteriores, como a possibilidade de novas ondas mais sérias da pandemia e até mesmo o racionamento elétrico (já que quase não chove mais em boa parte do país) são fatores que preocupam. Este último, porque inibe grande parte da produção industrial.

Mesmo que os especialistas estejam mais otimistas e que esperem que a economia melhore ainda mais após o progresso da vacinação, o cenário ainda é incerto.

Segundo Boletim Focus divulgado em julho, a previsão de crescimento do PIB para esse ano subiu de 5,18% para 5,26%. No início do ano, a expectativa era de apenas 3,4%.

Desta forma, cabe esperar o andamento dos fatos, torcer pelo melhor e continuar fazendo um bom planejamento financeiro para garantir a melhor saúde financeira possível.

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