Um levantamento da Serasa Experian mostrou que em junho deste ano, o número de consumidores inadimplentes no Brasil chegou a 61,8 milhões, o que representa 40,3% da população adulta. A pesquisa também apontou que o valor que eles devem para alguma instituição financeira gira em torno de R$273,4 bilhões.
O cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida, apontado por 75,7% das famílias entrevistadas. Em seguida, vêm os carnês (16,3%) e, em terceiro lugar, o financiamento de carro (11,1%).
As dívidas relacionadas a financiamento de carro já deram grandes prejuízos às instituições financeiras. Dados do Banco Central revelaram que elas não receberam R$ 38,1 bilhões em financiamentos concedidos em 2010 e 2011, quando as condições para aquisição de um veículo foram facilitadas. Na época era possível comprar um carro zero, sem entrada, parcelado em até 72 vezes.
Após a liberação desses dados por parte do Banco Central, as instituições financeiras afirmaram que já desistiram de cobrar R$ 22,8 bilhões, reconhecendo que é impossível receber esse valor.
Outra pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e divulgada em junho deste ano apontou que, nos últimos 12 meses, 10% dos brasileiros realizaram algum tipo de financiamento, sendo que 43% deles foram para adquirirem um veículo.
Comprar um carro é um dos maiores sonhos de consumo do brasileiro e o financiamento viabiliza a concretização desse sonho, já que a maioria não tem condições financeiras para pagar à vista.
Mas um financiamento é um compromisso de longo prazo e exige muito planejamento, para evitar que a saúde financeira da família seja compromissada. Também é preciso ler com muita atenção ao contrato, para ficar ciente de todas as tarifas e juros que serão pagos durante a validade dele.
Infelizmente não é isso que acontece. O estudo realizado pelo SPC Brasil e CNDL também mostrou que cerca de 26% dos brasileiros que realizam um financiamento não analisaram essas informações, sendo que 14% deles só estudou o valor da parcela, para saber se ela cabia no orçamento.
E é esse descontrole dos gastos que acaba resultando em inadimplência. E quando o atraso no pagamento das prestações deixa de ser exceção para virar regra, o consumidor corre o risco de sofrer um processo de busca e apreensão.
Primeiro, começam as ameaças que são seguidas de uma notificação extrajudicial. Por fim, acontece a visita do oficial de justiça para possível apreensão do bem.
SAIBA COMO FUNCIONA O PROCESSO DE BUSCA E APREENSÃO DE SEU VEÍCULO
Por isso, a dica é: se você adquiriu um bem financiado e, por algum motivo não conseguiu mais pagar as parcelas contratadas, procure agir antes da instituição financeira e solicite uma ação revisional de contrato.
Dessa forma, você pode manter a posse do bem, caso a instituição financeira entre com um processo de Busca e Apreensão. Pois essa última, pode ser cancelada e ser julgada somente após a conclusão da Ação Revisional de Contrato de Financiamento de Veículo.
Agora que você sabe que poderá manter o seu carro, mesmo com um processo de busca e apreensão, entre em contato com a Novo Ideal para solicitar uma ação revisional de seu contrato.