O que é o Pix e como ele irá revolucionar as nossas vidas

A revolução tecnológica chegou ao sistema financeiro no Brasil, mas muitas pessoas ainda não sabem ou não entenderam o que é o Pix. Na realidade, a conscientização tem ocorrido de maneira bem tímida, mas não é nada tão complicado: pelo contrário, uma vez que ele visa, na verdade, facilitar a nossa vida.

A Novo Ideal traz todas as informações necessárias para entender como funcionará essa nova realidade, para que você possa aproveitar todas as vantagens que ela oferece!

O que é o Pix?

É uma função criada pelo Banco Central para pagamentos instantâneos, que funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana – inclusive nos feriados.

Primeiramente, a ideia é criar chaves únicas (CPF, e-mail, telefone celular, ou gerar chaves aleatórias) para simplificar todo o processo de cadastro de informações.

Depois, reduzir a administração desses dados, tornando o processo muito mais barato e rápido.

Dessa forma, basta cadastrar ao menos uma dessas informações ou gerar um QR CODE nos próprios aplicativos bancários (disponivel apenas para os que aderirem a essa tecnologia) e repassar para terceiros para que as transferências sejam feitas em tempo real.

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Ao todo são quase mil instituições financeiras que já cadastraram o Pix e aderiram ao sistema: entre bancos, fintechs e cooperativas.

A participação é obrigatória para os 34 bancos que possuem mais de 500 mil clientes cadastrados e facultativa para os demais.

Porém, a adesão se torna interessante para basicamente todos – afinal nenhuma empresa quer perder clientes que já veem vantagens em usar os serviços.

Também é possível transferir recursos para empresas e órgãos públicos, o que promete realmente revolucionar a forma a qual o brasileiro faz seus pagamentos.

Qual o objetivo do PIX?

A ideia foi modernizar a forma a qual o brasileiro faz suas transações, democratizando também a entrada de muitos indivíduos no meio digital.

Isso porque, com as operações se tornando imediatas e sem custo para pessoas físicas, o interesse geral da população deve ser muito maior.

Além disso, estima-se que cerca de 45 milhões de brasileiros não possuam conta bancária, e para fazer o cadastro PIX não é necessário possuir uma: basta aderir a uma das diversas opções de carteiras digitais que o mercado oferece e inserir nela “créditos” que poderão ser utilizados para pagar contas, compras ou fazer transferências.

O efeito é em cadeia, uma vez que as filas tendem a diminuir para saques e transferências, o uso de insumos físicos também diminui, assim como todo o custo operacional dos bancos.

Por contar com a adesão de tantas frentes financeiras, também aumentará a concorrência entre os bancos, que deverão tornar suas ofertas mais atrativas, visando reter clientes.

Por outro lado, os comerciantes comemoram. Caso a medida realmente tenha participação da maior parte dos brasileiros, não será necessário utilizar com tanta frequência as operadoras de maquininhas de cartão.

Atualmente, o débito representa uma grande parte do pagamento dos estabelecimentos comerciais.

Em matéria da Folha, é revelado que somente o varejo paulista faturou no ano passado cerca de R$ 740 bilhões. E eles calculam que, se desse total, 30% foi feito na modalidade débito a uma taxa média de 2%, o pagamento somente dessas tarifas seria maior de R$ 4 bilhões de reais.

Agora, imagine a economia que os comerciantes teriam a curto, médio e longo prazo, economizando estes valores? E o melhor: recebendo em tempo real, o que gera flexibilidade muito maior!

Outra questão importantíssima é a de segurança, tanto dos comerciantes quanto da população em geral. Afinal, sem andar com dinheiro em espécie, os roubos se tornariam, teoricamente, mais desencorajados.

O Pix tem custo?

O Pix tem custo de R$ 0,01 a cada 10 transações para as instituições. Sendo assim, ficou definido que pessoas físicas não seriam taxadas e o repasse desses valores deveria ser feito para as transferências de pessoas jurídicas.

Porém, em valores muito menores que os praticados atualmente pelo DOC ou TED, em cobranças únicas que podem chegar a R$ 19,00.

Cada banco ou financeira deve estabelecer uma taxa, e essa cobrança deve ser acompanhada pelas empresas e pelo Governo, que defende o interesse em diminuir o custo para todos.

O Nubank, por exemplo, já deixou rapidamente claro que também não irá taxar a pessoa jurídica, o que se torna uma vantagem competitiva e estimula esse público a migrar para a empresa.

Ainda, foi revelado que a taxação para a pessoa física pode acontecer caso ela não utilize somente o canal digital para realizar a operação, e sim meios físicos (como as agências bancárias), o teleatendimento ou mesmo caso faça o saque de um valor em um estabelecimento.

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Nesses casos, uma cobrança (a ser definida) deve ocorrer e, portanto, é necessário informar-se antes.

Retirada de valores em estabelecimentos

Conforme mencionamos, há uma discussão recente entre o Banco Central e o governo para tornar a democratização ainda maior, estimulando mais uma vez a competitividade.

É possível que os estabelecimentos comerciais (padarias, farmácias, bares, entre outros) possam ser agentes de saque de dinheiro, ou seja: a população poderia retirar determinadas quantias nesses locais, sem a necessidade de ir até determinada agência bancária.

Primeiramente, a ideia do cadastro do PIX seria diminuir a necessidade de circulação de dinheiro físico, o que aliviaria os cofres públicos – já que o papel-moeda é extremamente custoso ao país e não circula como deveria.

Na necessidade de as pessoas utilizarem o dinheiro em espécie, ele estaria disponível com mais facilidade nesses centros, o que estimularia a circulação.

Ainda não ficou claro como isso funcionará, mas é provável que aconteça gradualmente, assim como o sistema como um todo.

Como usar o Pix?

Tanto para a pessoa física, quanto a jurídica, cadastrar o Pix é muito fácil: basta cadastrar suas chaves na(s) instituição(ões) financeira(s) de preferência ou gerar códigos de QR CODE quando precisar receber um pagamento.

No caso inverso, basta pedir a chave ou código para quem for necessário fazer essa transferência.

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As contas de concessionárias, empresas de telefonia e até as DARFs do Governo Federal já devem começar a vir com os códigos em breve, possibilitando o pagamento simplificado via internet banking, por exemplo.

QR code estático ou dinâmico

Para a geração do código QR, é necessário entender que ele pode ser estático ou dinâmico, apresentando as seguintes diferenças:

  • QR code estático: gerado apenas uma vez, ele pode ser utilizado diversas vezes e apresenta um valor fixo. Bom para os chamados MEI, que tem em seu catálogo de produtos pouca variação e pratica sempre os mesmos preços. Por exemplo, um vendedor ambulante de churros;
  • QR code dinâmico: gerado múltiplas vezes, é válido somente para uma única operação. Ideal para pequenas empresas, que possuem cartela variada de produtos e valores. Como exemplo, uma cafeteria ou lanchonete;
    Sendo assim, é só checar o que é mais interessante e prático para você (chaves ou código) e aproveitar a facilidade!

Prazo para cadastro do Pix

O começo de cadastro das chaves se deu em 5 de outubro de 2020 e as transações via Pix começaram a partir de 16 de novembro.

Há atualmente a chamada “guerra das chaves”, onde as instituições estão fazendo de tudo para que os atuais clientes permaneçam fiéis, cadastrando suas chaves o quanto antes.

Cada pessoa tem direito a até 20 chaves únicas, que podem ser divididas entre os locais que preferir.

Porém, quanto mais chaves uma empresa cadastrar de uma só pessoa, mais chances de as transações serem convertidas para os seus cofres e não dos seus concorrentes. Principalmente dados que serão usados mais: e-mail, CPF e número do celular.

Há também a possibilidade de fazer a portabilidade de uma chave para outra instituição. Nesse caso, basta cadastrar a mesma chave no banco pretendido, pedindo portabilidade. Então, o prazo médio para que ocorra é de 14 dias.

Lembrando que o uso do Pix é opcional tanto para clientes pessoas físicas quanto jurídicas. Mas a adesão deve ser grande, pois ela é muito vantajosa e pode, de fato, revolucionar o modo como administramos nossos recursos.

A fase de adaptação deve perdurar por algum tempo até as pessoas se familiarizarem, mas o fato é que a evolução deve vir e ser benéfica já a curto prazo – mesmo que não imediatamente.

Conte com a Novo Ideal e os artigos do nosso blog para estar sempre a par das principais mudanças na Economia brasileira, além de dicas para administrar cada vez melhor os seu dinheiro!

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