A inadimplência e a consequente negativação do CPF junto aos cadastros de proteção de crédito, como o SPC, é o pesadelo de todo consumidor. E, infelizmente, em função do aprofundamento da crise econômica que se arrasta há anos em nosso país, mais e mais pessoas se veem às voltas com esse problema.
Segundo informa a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de inadimplentes bateu novo recorde em abril deste ano, alcançando 66% das famílias brasileiras. A maior parte das dívidas está atrelada ao cartão de crédito (77,6%). Em seguida, aparecem débitos com carnês (17,5%) e financiamento de veículos (10,2%).
O cenário, de fato, não é nada animador. Ainda assim podemos dizer que é possível se organizar financeiramente para não se tornar mais um inadimplente e engrossar as estatísticas apresentadas. Quer saber como? Continue a leitura!
Evite compras a prazo
As compras a prazo são tentadoras. Ao dividirmos o valor correspondente a determinado bem ou produto em 10, 12, 15x, acreditamos estar maximizando nosso poder de compra. Afinal, prestações de baixo valor, quando somadas, não terão grande impacto sobre nosso orçamento, correto? Errado!
Quando compramos excessivamente a prazo, fica mais difícil gerenciar nossos gastos. Imagine que até o fim do pagamento de produtos parcelados a perder de vista, acumulamos novas necessidades de consumo que, por sua vez, serão pagas de forma parcelada, já que a maior parte de nossas receitas já estarão comprometidas com a fatura do cartão e carnês.
Potencialmente, esse endividamento pode se tornar uma verdadeira bola de neve, algo impagável a médio e longo prazo. Por isso, evite se comprometer com compras a prazo, adquirindo o que precisa à vista ou em pequenos parcelamentos.
Estipule um teto de gastos mensal
Uma forma de contermos nosso ímpeto de consumo e a temida inadimplência é estipular um teto de gastos para compras em geral. A partir de um planejamento consistente, estipule quanto você deverá desembolsar para custear alimentação, transporte, despesas médicas, entre outros tipos de gastos.
E mais importante que se impor esse limite, é respeitá-lo. Ao estabelecer qual o teto para cada categoria de despesa ou mesmo se você estipular apenas um “teto global”, para o somatório de todas elas, seja rigoroso consigo para cumprir o estabelecido.
Tenha sempre uma reserva financeira
A necessidade de contar com uma reserva financeira é incontornável. Isso porque a vida é cheia de incontingências, de modo que nunca sabemos quando vamos precisar de recursos extras para cobrir uma despesa não programada, como uma reforma de emergência em casa, o conserto de determinada peça do carro ou um procedimento cirúrgico inesperado.
É em momentos como esses que muita gente acaba se endividando e sujando o próprio nome, depois de não ter condições de honrar com determinado compromisso financeiro firmado.
Para quem conta com uma reserva financeira o cenário é outro. Afinal, os recursos guardados poderão ser utilizados em emergências, sem comprometer as próprias finanças.
Programe-se para adquirir um bem
O endividamento para adquirir qualquer bem, seja um imóvel, um carro, um equipamento, enfim, o que seja, deve ser o menor possível. Isso vale, sobretudo, para dívidas de longuíssimo prazo, como financiamentos com 20, 30 anos de prazo.
Isso porque, o fato de a prestação caber em seu bolso não significa que a relação seja a mesma por décadas, não é mesmo? E é aí que muitas famílias se perdem.
Para casa própria, por exemplo, ao invés de financiar todo o valor do imóvel, o mais indicado é reunir recursos para dar uma entrada de, pelo menos, 30%. Dessa forma, é possível quitar o restante do bem em um período menos estendido, como 10 anos, por exemplo.
E a propósito do tema de hoje, que tal conferir mais este artigo de hoje: “Como conseguir uma redução de juros na parcela do meu banco?”
