Por motivos óbvios, o planejamento financeiro familiar é mais complexo que planejar as nossas finanças individualmente. Isso porque, no âmbito de uma família, devemos conciliar diversos interesses, sejam dos filhos ou do próprio casal. Interesses esses que, muitas vezes, são conflitantes.
Por mais desafiadora que possa ser essa missão, é preciso encará-la com o comprometimento necessário. Caso contrário, você e sua família dificilmente conquistarão o patrimônio que desejam. Ou pior: seguirão pelo perigoso caminho do endividamento.
Pensando nisso, preparamos este artigo com todas as informações que você precisa conhecer para realizar um bom planejamento financeiro familiar. Não deixe de conferir!
Dimensionar todas as suas receitas e despesas ajuda no planejamento financeiro
O primeiro passo de todo planejamento financeiro familiar é o dimensionamento das despesas e receitas. Para isso, liste todas as categorias de gasto e os valores correspondentes a elas. A mesma lógica se aplica a sua renda. Caso você e sua família tenham apenas uma fonte como o salário do casal, essa parte do trabalho será ainda mais fácil.
Uma dica interessante de organização é trabalhar com pelo menos duas categorias de despesas: despesas fixas e despesas variáveis. A primeira delas, como o próprio nome sugere, diz respeito àquele gasto que normalmente não sofre variações, como aluguéis, escola, prestações de veículos, planos de saúde e afins.
A segunda categoria contempla as despesas que, normalmente, sofrem variações, como lazer, despesas médicas, gastos com manutenção de veículo ou de seu próprio domicílio, entre muitas outras.
Crie um cronograma de desembolso
Conhecida quais são as categorias de despesas e receitas de seu orçamento familiar, é hora de avaliar criticamente esse diagnóstico. Gastos considerados supérfluos, por exemplo, devem ser “enxugados” ao máximo, enquanto a proporção de seus recursos destinadas para investimento devem crescer.
Segundo apontam alguns especialistas, a seguinte configuração, ou algo próximo disso, pode ser considerado como a ideal:
- 50% de recursos para cobrir despesas fixas;
- 30% de recursos para cobrir despesas variáveis;
- 20% dos recursos para poupar/investir.
Atenção ao trinômio GANHAR – GUARDAR – INVESTIR
Para equilibrar as contas nada mais interessante que maximizar seus ganhos, não é mesmo? Por isso, uma excelente maneira de organizar seu planejamento financeiro familiar é buscar alternativas de renda extra.
E, claro, tenha bastante claro para si que o incremento de sua renda não pode vir acompanhado de um aumento de despesas.
Chegada a uma situação “ótima” em termos de ganho, é hora de poupar e, mais importante que isso, investir. Você sabe qual é a diferença entre as duas coisas?
Guardar ou poupar é recorrer a boa e velha caderneta de poupança, que já há alguns anos já não é tão boa assim. Com a queda da taxa básica de juros, a chamada Selic, o rendimento dessa aplicação tem sido inferior ao da inflação. Na prática, isso significa que quem aposta na poupança está perdendo dinheiro.
Investir já é uma destinação mais qualificada para seu dinheiro, uma vez que exige certa compreensão sobre as possibilidades que o mercado oferece. E aqui não estamos falando, necessariamente, de mercado financeiro. Há investimentos em renda fixa – tipo de investimento cuja rentabilidade é conhecida no momento da aquisição do título, ou seja, sem risco – cuja rentabilidade supera consideravelmente a poupança.
Em resumo, nossa dica é: organize suas finanças, ponha tudo em ordem, planeje os seus gastos e se prepare para dar a melhor destinação possível para o dinheiro excedente de seu orçamento. Esse é o caminho seguido pela maioria das famílias que adquirem um patrimônio robusto e garantem excelente qualidade de vida.
