Parcelar a fatura do cartão de crédito: entenda por que você NÃO deve fazer isso!

Quando as contas apertam e as pessoas não seguem um bom planejamento financeiro, parcelar a fatura do cartão de crédito pode parecer uma boa alternativa para resolver a dívida de forma prática e rápida.

No entanto, vemos que na prática, isso não é verdade.

Primeiramente, é preciso entender que essa alternativa, juntamente com o pagamento do mínimo ou o uso do cheque especial são opções de crédito pré-aprovado. A instituição bancária possui histórico do cliente, e é baseado nesse histórico que o limite de cheque especial e limite de cartão de crédito são liberados. Basicamente, é como um “voto de confiança” que eles têm de que você é confiável e arcará com os valores que pegou “emprestado”.

pessoas dão a mão, firmando acordo

Porém, como tudo tem um preço (principalmente quando falamos sobre bancos), em troca deste “favor”, eles cobram de volta juros altíssimos.

Dentre eles, parcelar a fatura do cartão de crédito é uma das piores soluções.

Portanto, saiba quais são as possibilidades cabíveis e como se livrar do que é devido da melhor maneira.

O que posso fazer em vez de parcelar a fatura do cartão de crédito?

Se você realmente gastou mais do que deveria, deve ter calma e avaliar a situação racionalmente. Antes de mais nada, será preciso fazer um controle de gastos e cortar o que é supérfluo, tentando assim não se comprometer ainda mais.

Depois disso, é hora de entender quais são as escolhas que você tem.

Crédito rotativo ou cheque especial

Entrar no rotativo do cartão de crédito (quando você paga o mínimo da fatura e o restante fica para o mês seguinte) ou entrar no cheque especial com certeza são as piores alternativas. Ainda mais se você exagerou muito e sabe que não terá condições de arcar com o prejuízo em pouco tempo.

Para se ter ideia, essas taxas facilmente passam de 300% ao ano, o que faz com que a dívida dobre ou mesmo triplique. Talvez você saiba que os juros do cartão do cheque especial caíram por uma medida do Banco Central, mas mesmo assim é bastante elevado.

No rotativo você pagará um pouco mais de 10% ao mês sobre o montante, enquanto no cheque especial será em torno de 8% a.m.

Ou seja: se você ficou com um residual de R$ 1.500,00, no mês seguinte você já terá quase R$ 150,00 a mais para pagar só de juros – isso se não fizer nenhuma nova compra.

vale a pena parcelar o cartão de crédito ou não - imagem mostra calculadora e papéis

Parcelamento da fatura e empréstimos

Já no parcelamento da fatura do cartão, os juros são por volta de 6% a.m. Achou mais atrativo?

Então saiba que se por acaso você optar por um empréstimo, essas taxas caem para cerca de 4% ou 2%. No primeiro exemplo, falamos sobre o crédito pessoal, que é avaliado pelo banco antes da contratação. Já o segundo aborda o consignado e é bastante atrativo, mas só é ofertado para colaboradores de empresas conveniadas, funcionários públicos, aposentados e pensionistas, pois o valor da parcela é descontado diretamente do salário.

Como um meio termo, também há a chance de você adiantar o seu 13º salário, para quando recebe-lo direcionar para a instituição, pagando uma taxa de juros que provavelmente estará entre o crédito pessoal e o consignado.

Emprestar dinheiro de amigos ou familiares

Para quem se sente confortável e obviamente, terá disciplina e confiança de que poderá pagar as parcelas, pode ser uma boa tática pedir o valor para pessoas conhecidas.

Assim, você consegue combinar um valor mensal justo viável e se livrar dos juros. Mas claro: não pode negligenciar o pagamento, senão criará uma situação bastante constrangedora!

Pesquise e evite dívidas no cartão de crédito

Percebe a diferença entre as soluções? Conforme falamos, os créditos que são avaliados pelo banco costumam ser mais atrativos do que o caminho (teoricamente) mais fácil, que é optar por soluções automáticas.

Avalie e pesquise bem antes de tomar sua decisão, pois você verá que valerá muito mais a pena!

Você pode ver o comparativo das taxas médias de juros divulgadas pelo Banco Central e depois consultar a instituição de preferência para resolver a pendência.

Ou então, usar a calculadora de juros do BC, simulando cada caminho.

O importante também é saber que essas dicas são paliativas, ou seja: servem apenas para situações em que não há outro jeito, senão recorrer aos serviços bancários ou ajuda de familiares.

O ideal mesmo é que você faça um bom planejamento financeiro e se programe para não só para criar o hábito de pagar suas compras à vista, mas também para que comece a sobrar valores na sua conta e você comece a guardar dinheiro!

Veja muitas outras dicas financeiras no nosso blog e entenda como, finalmente, ter o equilíbrio de suas contas.

 

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