Quando as contas apertam e as pessoas não seguem um bom planejamento financeiro, parcelar a fatura do cartão de crédito pode parecer uma boa alternativa para resolver a dívida de forma prática e rápida.
No entanto, vemos que na prática, isso não é verdade.
Primeiramente, é preciso entender que essa alternativa, juntamente com o pagamento do mínimo ou o uso do cheque especial são opções de crédito pré-aprovado. A instituição bancária possui histórico do cliente, e é baseado nesse histórico que o limite de cheque especial e limite de cartão de crédito são liberados. Basicamente, é como um “voto de confiança” que eles têm de que você é confiável e arcará com os valores que pegou “emprestado”.
Porém, como tudo tem um preço (principalmente quando falamos sobre bancos), em troca deste “favor”, eles cobram de volta juros altíssimos.
Dentre eles, parcelar a fatura do cartão de crédito é uma das piores soluções.
Portanto, saiba quais são as possibilidades cabíveis e como se livrar do que é devido da melhor maneira.
O que posso fazer em vez de parcelar a fatura do cartão de crédito?
Se você realmente gastou mais do que deveria, deve ter calma e avaliar a situação racionalmente. Antes de mais nada, será preciso fazer um controle de gastos e cortar o que é supérfluo, tentando assim não se comprometer ainda mais.
Depois disso, é hora de entender quais são as escolhas que você tem.
Crédito rotativo ou cheque especial
Entrar no rotativo do cartão de crédito (quando você paga o mínimo da fatura e o restante fica para o mês seguinte) ou entrar no cheque especial com certeza são as piores alternativas. Ainda mais se você exagerou muito e sabe que não terá condições de arcar com o prejuízo em pouco tempo.
Para se ter ideia, essas taxas facilmente passam de 300% ao ano, o que faz com que a dívida dobre ou mesmo triplique. Talvez você saiba que os juros do cartão do cheque especial caíram por uma medida do Banco Central, mas mesmo assim é bastante elevado.
No rotativo você pagará um pouco mais de 10% ao mês sobre o montante, enquanto no cheque especial será em torno de 8% a.m.
Ou seja: se você ficou com um residual de R$ 1.500,00, no mês seguinte você já terá quase R$ 150,00 a mais para pagar só de juros – isso se não fizer nenhuma nova compra.
Parcelamento da fatura e empréstimos
Já no parcelamento da fatura do cartão, os juros são por volta de 6% a.m. Achou mais atrativo?
Então saiba que se por acaso você optar por um empréstimo, essas taxas caem para cerca de 4% ou 2%. No primeiro exemplo, falamos sobre o crédito pessoal, que é avaliado pelo banco antes da contratação. Já o segundo aborda o consignado e é bastante atrativo, mas só é ofertado para colaboradores de empresas conveniadas, funcionários públicos, aposentados e pensionistas, pois o valor da parcela é descontado diretamente do salário.
Como um meio termo, também há a chance de você adiantar o seu 13º salário, para quando recebe-lo direcionar para a instituição, pagando uma taxa de juros que provavelmente estará entre o crédito pessoal e o consignado.
Emprestar dinheiro de amigos ou familiares
Para quem se sente confortável e obviamente, terá disciplina e confiança de que poderá pagar as parcelas, pode ser uma boa tática pedir o valor para pessoas conhecidas.
Assim, você consegue combinar um valor mensal justo viável e se livrar dos juros. Mas claro: não pode negligenciar o pagamento, senão criará uma situação bastante constrangedora!
Pesquise e evite dívidas no cartão de crédito
Percebe a diferença entre as soluções? Conforme falamos, os créditos que são avaliados pelo banco costumam ser mais atrativos do que o caminho (teoricamente) mais fácil, que é optar por soluções automáticas.
Avalie e pesquise bem antes de tomar sua decisão, pois você verá que valerá muito mais a pena!
Você pode ver o comparativo das taxas médias de juros divulgadas pelo Banco Central e depois consultar a instituição de preferência para resolver a pendência.
Ou então, usar a calculadora de juros do BC, simulando cada caminho.
O importante também é saber que essas dicas são paliativas, ou seja: servem apenas para situações em que não há outro jeito, senão recorrer aos serviços bancários ou ajuda de familiares.
O ideal mesmo é que você faça um bom planejamento financeiro e se programe para não só para criar o hábito de pagar suas compras à vista, mas também para que comece a sobrar valores na sua conta e você comece a guardar dinheiro!
Veja muitas outras dicas financeiras no nosso blog e entenda como, finalmente, ter o equilíbrio de suas contas.