O dólar alto e o impacto na vida dos brasileiros

Veja como a alta do dólar frente ao real pode influenciar no nosso dia a dia de forma impactante e o que muda com a cotação da moeda norte americana

Para muitas pessoas, o dólar alto só influenciaria as classes mais altas da sociedade e suas viagens para o exterior. Porém, por mais que esse pensamento seja comum, ele está só parcialmente correto: a alta do dólar influencia negativamente todos os segmentos da população, embora seja enxergado como vantagem por parte do setor produtivo que se beneficia de exportações.

Em 2020, o dólar apresentou alta histórica, chegando a valer mais de R$ 5,80 no mês de maio. Deste modo, é preciso entender o motivo das altas e quedas da moeda norte americana, além dos motivos da desvalorização do real frente ao dólar.

Variação do dólar

O dólar é a moeda tomada como referência mundialmente.

Os motivos da economia dos Estados Unidos ter se tornado tão forte ao longo do século XX são diversos. Porém, deve-se principalmente à sua forte estruturação no comércio exterior e também pelo fato das guerras mundiais e crises europeias.

O fato é que ela é considerada confiável e estável por todo o mundo, então as transações comerciais e das instituições financeiras entre os países são feitas por ela. Dessa forma, quando o dólar está alto, a economia global sente os impactos desse tipo de variação do câmbio.

Dólar alto: pontos negativos para o Brasil

Conforme explicamos, a maior parte das negociações mundiais tomam como base o dólar.

Com a desvalorização do real frente a moeda americana, as importações sofrem com uma elevação de custos, de modo a impactar várias cadeias produtivos que dependem de insumos de países estrangeiros. A consequência disso é o aumento do preço final dos produtos que chegam ao consumidor.

Logo, o combustível pode aumentar, assim como o pão francês (que usa trigo vindo de fora) e alimentos com ingredientes importados na elaboração, ou serviços que utilizam materiais importados da China ou outros países.

Como exemplo, temos o caso das telecomunicações e de serviços como o odontológico, que usam equipamentos e insumos estrangeiros como base.

Portanto, há risco de inflação no país, que é quando todos os produtos apresentam alta ao longo de determinado período, diminuindo o poder de compra do brasileiro – que já está bastante prejudicado com a alta taxa de desemprego.

Por último, as viagens internacionais também são evidentemente prejudicadas, visto que o valor das passagens é cotado em dólar, bem como todo o gasto no exterior.

Desvalorização do real frente ao dólar

A triste notícia é que no ano de 2020 o real foi a segunda moeda que sofreu mais desvalorização mundialmente, perdendo somente para o peso venezuelano – sendo que a Venezuela enfrenta uma forte crise humanitária.

Os motivos são a queda dos juros básicos brasileiros, visando estimular a economia e tornando nossa moeda menos atrativa, as dívidas internas altíssimas que possuímos, além da instabilidade política e econômica.

Tudo isso faz com que o Brasil não seja um país tão atrativo aos investidores, e que o dólar alto seja um fator ainda mais crítico para a economia.

Dólar alto: pontos positivos para o Brasil

Com o dólar alto, as nossas exportações ganham mais fôlego e as empresas passam a ter mais competitividade internacional, visto que podem vender mais barato e ganham mais na conversão.

Atualmente, o Brasil exporta muita soja, petróleo, minério de ferro, carnes suínas e bovinas, entre outros produtos. Segundo o Ministério da Economia, até agosto de 2020 o Brasil havia exportado cerca de US$ 138,6 bilhões, o que fortalece nossa indústria.

Da mesma forma, a demanda por produtos nacionais internamente se torna maior, o que a longo prazo pode mudar a dinâmica de consumo dos brasileiros e promover a valorização dos mesmos.

O turismo nacional também se fortalece, já que as viagens internacionais se tornam muitas vezes inviáveis.

Conclusão: o dólar alto é bom ou ruim para nós?

Embora haja pontos positivos e negativos, como demonstramos acima, a alta do dólar frente ao real se torna muito mais danosa do que benéfica.

Por mais que alguns setores sejam favorecidos, o mais importante para os brasileiros é ter uma economia forte, o que além de atrair investimentos internacionais, torna a nossa moeda mais valorizada e nosso poder de compra maior.

Com maior volume de dinheiro circulando internamente, as empresas conseguem gerar mais empregos e todos acabam ganhando.

Todavia, cabe aos nossos representantes políticos tomarem as melhores medidas nesse momento para fazer a gestão da crise causada pela pandemia, além de tentar melhorar o poder do real frente às demais moedas.

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