PANDEMIA: IMPACTO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA 2020

Entenda, de forma prática e objetiva, as perspectivas econômicas para os próximos períodos.

Passados vários meses desde o início da pandemia do Covid-19, começam a aparecer mais consistentemente os efeitos econômicos que eram previstos, desde que o problema chegou ao nível global. O aumento do desemprego e da inflação são os primeiros a serem percebidos pela população.

Hoje, todos se perguntam quais serão os reais efeitos da pandemia de agora em diante. Para muitos especialistas, uma recessão em escala global é algo incontornável. Basta saber se as ações governamentais serão suficientes para amenizar os danos.

Neste artigo, discutimos algumas dessas questões. Continue a leitura e saiba o que esperar e como se preparar para os efeitos da pandemia em 2021.

Pandemia: efeitos econômicos

Em março de 2020, quando o novo coronavírus passou a ser identificado e monitorado no Brasil, três índices econômicos passaram a receber mais atenção: o desemprego, a inflação e o PIB.

Desemprego

Inicialmente, o temor era que o isolamento social por período prolongado poderia sufocar as empresas. Além disso, o temor de demissões em massa em grandes empresas também estava entre as preocupações de empresários e investidores do país.

Contudo, passados alguns meses e com a sociedade se adaptando à nova realidade das relações de trabalho, o desemprego não aumentou de forma alarmante.

Na verdade, ele continua bastante elevado, mas se mantém no patamar de 13%.

Inflação

Nos últimos anos, a inflação no Brasil vinha seguindo um padrão estável. Contudo, desde o começo a pandemia, alguns fatores contribuíram para o crescimento da inflação em certos segmentos da economia. O que tem gerado mais preocupação é o setor alimentício.

Com o câmbio nacional desvalorizado frente ao dólar, nossas commodities passaram a ser comercializadas prioritariamente para o exterior, com o mercado interno percebendo uma elevação considerável nos preços, sobretudo em itens da cesta básico, como arroz, feijão e óleo.

Tal problema tem gerado preocupação principalmente na população mais pobre que, proporcionalmente, gasta uma fatia maior da sua renda com alimentação.

Atualmente, temos estudos que apontam como a pandemia criou o que tem sido chamado de “inflação da Covid”, indicando que a mudança de hábitos causada pela pandemia, combinada com um aumento da inflação, pressiona a renda das famílias mais pobres.

PIB

No entanto, o PIB (Produto Interno Bruto) é o índice que mais preocupa os economistas. Com toda a desconfiança que uma crise sanitária e econômica nessas proporções gera sobre o mercado e stakeholders em geral, ainda há o temor de uma fuga de capital do país. Hoje, as projeções apontam uma queda de 8% do PIB brasileiro para 2020.

Contudo, especialmente em um momento em que o Brasil já vinha de uma recessão econômica nos anos de 2016 e 2017, caso a fuga de investidores se confirme, podemos esperar uma queda ainda maior do que a prevista. Resta, então, aguardar que as medidas propostas pelo governo sejam suficientes para conter uma recessão também em 2021.

Pandemia: ações anti-recessão

Para minimizar os efeitos negativos da pandemia sobre a economia o governo brasileiro vem propondo uma série de ações. A seguir, listamos e explicamos brevemente as mais importantes.

Auxílio emergencial

O auxílio emergencial foi uma das primeiras medidas que alcançaram a população. Famílias de baixa renda e profissionais autônomos receberam, até o momento, cinco parcelas de R$600,00, e devem receber mais quatro parcelas de R$300,00 até o fim do ano.

Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda

O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda teve como objetivo flexibilizar a negociação de acordos de suspensão temporária de contratos de trabalho e de redução proporcional de salários e jornada. Assim, buscou-se preservar tanto os postos de trabalho como a saúde financeira das empresas.

Alíquota de imposto

Com o avanço da inflação sobre o setor alimentício, uma das formas encontradas pelo governo para preservar o poder de compra das famílias mais pobres foi zerar alíquota de imposto de importação para produtos como o arroz em casca, a soja e o milho.

Redução do IOF

A redução do IOF incidente sobre operações de crédito foi prorrogado até o fim de 2020 e tem como objetivo incentivar a liberação de recursos em operações de curto prazo para ajudar famílias e pessoas jurídicas que precisam de crédito.

Programa de Retomada Fiscal

Além das ações acima listadas, o governo criou o Programa de Retomada Fiscal. O programa tem como objetivo consolidar ações que vão ajudar perfis devedores, como optantes do SIMPLES e titulares de operações de créditos rurais e fundiários, a manter os negócios em funcionamento até a superação da recessão.

Pandemia: o que esperar em 2021

Mesmo em meio à incerteza de como a pandemia deve evoluir nos próximos meses, a expectativa é que a economia retome o crescimento em 2021. Para isso, as medidas propostas pelo governo e a articulação de reformas estruturantes (reforma tributária e reestruturação do pacto federativo), são de fundamental importância para que um cenário otimista se concretize.

Segundo o Ipea, a expectativa de crescimento do PIB para 2021, sem contar com as reformas estruturantes é de 3,6%, enquanto com as reformas a previsão de crescimento é de 4,7%.

Contudo, ainda sim é possível que a economia brasileira ainda não retome um crescimento no mesmo patamar de outros países. Embora a expectativa é de que o Brasil supere a recessão, o crescimento ainda deve se dar em ritmo mais tímido do que em outras grandes economias do mundo.

De toda forma, isso ainda vai depender de fatores imprevisíveis, como: períodos de maior ou menor isolamento social, evolução da pandemia, comportamento de investidores internacionais e capacidade de ajuste fiscal do governo.

Assim, ainda não é o caso de afirmar que o Brasil caminha para um ano de recessão ainda maior. Caso as pesquisas de vacinas encontrem um agente capaz de controlar a epidemia mundialmente, e com boas iniciativas dos governos estaduais e federal, é possível esperar em 2021 um ano de retomada do crescimento econômico no país.

Desse modo, cabe aos empresários se prepararem para modernizar os negócios seguindo as tendências do mercado e buscar auxílio governamental para manter os negócios ativos.

Related Posts
Leave a Reply

Your email address will not be published.Required fields are marked *

ATENÇÃO:

A Novo Ideal Consultoria não faz empréstimos tampouco o serviço de aumento de Score.

Acabe com suas dívidas com até 70% de desconto!