Pode parecer simples, mas saber como os bancos ganham dinheiro é uma dúvida muito comum entre os correntistas. Para lucrar as instituições financeiras emprestam dinheiro aos clientes por uma taxa de juros maior do que a paga quando ele realiza investimentos, essa prática é chamada de Spread Bancário.
Mas ele não é tão simples quanto aparenta. Nesse artigo do blog da Novo Ideal Consultaria, explicaremos em maiores detalhes como funciona o spread bancário no Brasil, como ele é composto, quais são os produtos que geram lucro e quais e como isso impacta no bolso do cliente. Então pegue a sua calculadora e acompanhe a leitura até o final.
Entenda o que é Spread Bancário
Em termos gerais, spread bancário é o nome dado aos meios que os bancos utilizam para arrecadar dinheiro. Todo correntista sabe que as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras quando utilizamos seus serviços não são baixas, mas o que a maioria não entende são os motivos para tais cobranças, sendo que o banco lida “apenas” com dinheiro.
Bom, não é tão simples assim o dinheiro é o “produto” que o banco oferece para o cliente e assim como em qualquer negócio, para que ele possa adquirir seu produto ele precisa comprá-lo de um fornecedor (o Banco Central) e para ter lucro é necessário repassar esse “produto” com um valor mais alto do que o foi pago e essa diferença é o que chamamos de Spread Bancário.
Vamos usar como exemplo um supermercado, para que o proprietário consiga vender um 1kg de farinha para os clientes ele precisa comprar essa farinha previamente do seu fornecedor por um valor final “X”. Para oferecer esse produto aos seus clientes e obter lucro, o dono do supermercado precisa vender a farinha por um preço mais alto que o que ele pagou, levando em consideração todos os custos que ele teve no processo, desde a compra direta, desde o transporte, até a mão de obra de seus funcionários e claro a inflação.
Nessa equação há diferença pelo preço pago e o preço vendido é o lucro do proprietário e com os bancos é a mesma premissa.
Para emprestar dinheiro, os bancos precisam comprá-lo do Banco Central a uma taxa média de 6,4% (balanço de 2018) e ao repassar esse dinheiro aos clientes às instituições cobram uma taxa média mensal de aproximadamente 24,6%, gerando um spread de 18,2%, que seria o seu lucro.
Como é Composto o Spread Bancário
Para saber como funciona o spread bancário no Brasil é necessário entender como ele é composto, ou seja, quais são os parâmetros adotados pelas instituições para precificar os juros que serão cobrados aos clientes em empréstimos e pagos em investimentos.
O spread bancário é composto por 5 principais indicadores. São eles:
- A margem de lucro das instituições financeiras;
- A taxa compulsória, determinada pelo Banco Central do percentual de recursos que um banco deve deixar em caixa no final do dia;
- O risco associado à operação, ou seja, o risco de inadimplência ao realizar um empréstimo;
- Impostos diretos sobre as operações.
Para a população em geral o impacto do spread bancário é refletido (e não poderia ser diferente) nos juros abusivos cobrados em seus produtos, como os juros do cheque especial, que mesmo fixado no teto de 8% ao mês ainda alcança mais de 150% ao ano, sendo que até dezembro de 2019 esse teto era de mais de 300% e o juro rotativo do cartão de crédito que é de mais de 250% a.a, por exemplo.
Segundo especialistas, esse alto valor se dá por 2 motivos principais: a falta de concorrência no Brasil e o risco de inadimplência dos clientes. Como resultado é comum ver clientes com dívidas de empréstimos e de cartão de crédito, principalmente entre a população com menor renda.
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